Experiência
Bem perto do Hotel, está a Casa Museu Fernando Namora. A 30 de Junho de 1990 abriu ao público, constituindo-se desde logo num dos pontos de interesse cultural do concelho de Condeixa-a-Nova e formulando um convite irrecusável a quem queira conhecer, com propriedade, o trajeto vivencial e a multifacetada personalidade artística desta figura destacada das letras e artes portuguesas.
A Casa Museu, para além de espaço de habitação que evoca as origens do escritor, exibe um espólio considerável que recobre manuscritos, apontamentos originais, provas tipográficas, livros publicados e anotados para futuras edições, uma biblioteca particular que ascende aos 4000 volumes e todo um conjunto de objetos pessoais (entre eles, medalhas, condecorações e prémios, que atestam o reconhecimento da sua obra).
Há ainda dois núcleos de pintura: um do próprio Fernando Namora (uma sua outra vocação, porventura menos conhecida) e um que engloba trabalhos de diversos autores nacionais e estrangeiros, testemunhos expressivos da sensibilidade e dos interesses de Namora, neste domínio.
A escassos minutos do Conimbriha Hotel do Paço, encontra-se a Galeria Manuel Filipe. Inaugurada em 2007, no edifício da antiga escola primária Conde de Ferreira, a Galeria presta homenagem ao destacado artista, nascido em Condeixa em 1908.
Nome maior da pintura neorrealista, mas cuja obra não deixou de perseguir, também, outros rumos estéticos, Manuel Filipe, contemporâneo – e conterrâneo – de Fernando Namora, mostrou-se um pintor exímio da condição humana, tendo conseguido, como bem sublinhou José-Augusto França, «no seu expressionismo amadorístico», transpor para a tela a miséria e a injustiça a que o homem estava condenado. Dessa vertente falará, com eloquência, a “Fase Negra” da sua pintura.
Em colaboração com o Museu Nacional de Arte Contemporânea e o Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, a Galeria acolheu, precisamente, no início de 2015, uma importante exposição sobre a “Fase Negra (1943-1948)” de Manuel Filipe, integrando obras nunca expostas na região centro e que há mais de 40 anos não eram vistas pelos público em geral.
A obra de Manuel Filipe está representada em dezoito museus do país. Na Galeria, em exibição permanente, pode ser admirado um conjunto significativo da obra deste artista. O espaço recebe ainda, pontualmente, exposições temporárias.
Em frente ao Hotel localiza-se o Palácio Sotto Mayor. Propriedade da família Ramalho, depois Lemos e, por fim, Sotto Mayor, este palácio foi sendo sucessivamente designado pelos apelidos dos seus proprietários. Na fachada, suspendem-se os brasões das famílias Ramalho e Lemos.
Erguido no século XVII foi, no entanto, na época pombalina que sofreu as reestruturações que lhe conferiram a sua fisionomia atual. Uma chamada de atenção para a capela, cuja entrada lateral se encontra no prolongamento da fachada do palácio.
Com as invasões francesas – e muito particularmente com o episódio do incêndio ateado pelas tropas napoleónicas – deflagrou igualmente a polémica em torno deste palácio. Tendo escapado praticamente incólume à devastação de que grande parte da vila foi alvo, nasceram especulações e avolumaram-se suspeitas quanto à fidelidade do seu proprietário, Manuel Pereira Ramos de Azeredo Coutinho Ramalho, à causa nacional, apontando-se uma sua aliança estratégica com o quartel de Massena como a causa provável para a conservação do palácio.
Durante os séculos XVIII, XIX e XX, e à semelhança de outros solares que recebiam com certa regularidade visitas régias, o palácio hospedou figuras destacadas da história nacional como D. João VI (então príncipe regente) D. Miguel I, D. Maria II, D. Pedro V, o rei D. Carlos, acompanhado do príncipe D. Luís Filipe, e até o escritor Alexandre Herculano.
O palácio Sotto Mayor é propriedade privada e está classificado como Imóvel de Interesse Público.
Bem perto do Hotel está aquele que foi um dos maiores e mais imponentes palácios do país – com uma fachada rasgada por 23 janelas que se estendia por toda a atual Praça da República – acabou por ser também uma das construções de Condeixa mais atingidas pelas invasões francesas.
Devorado a 13 de março de 1811 pelo incêndio que as tropas de Massena provocaram, ficou em completa ruína durante mais de um século. Na memória dos mais velhos está ainda guardada a grandiosidade do antigo palácio, cujo primeiro proprietário foi D. Manuel de Sá Pereira, fidalgo da Casa Real, casado com D. Maria Plácida de Meneses.
Em 1930, as urgentes necessidades de reestruturação urbanística obrigaram à demolição da propriedade para proceder ao alargamento da praça (atualmente a principal sala de visitas da vila) e à abertura de novas vias, entre elas, a Avenida Visconde de Alverca.
Da construção seiscentista original, subsiste o brasão de armas da família dos Sás. Na sua fachada descobre-se ainda um nicho que corresponde a uma estação da Procissão do Senhor dos Passos.
O edifício é propriedade privada.
A escassos minutos do Hotel está esta casa senhorial seiscentista que ficou em ruínas aquando da terceira invasão francesa. No século XIX foi recuperada, respeitando a sua arquitetura e traçado originais. Tendo passado posteriormente a ser propriedade de Artur da Conceição Barreto, este doou-o ao Hospital da Vila. Em 1973 foi adquirido pela Câmara Municipal, tornando-se no edifício dos paços do município desde 1990.
Dividido em três corpos, o central dá acesso a um pátio interior. Daqui elevam-se duas escadarias ligadas entre si por uma varanda, apoiada numa série de colunas. Catorze janelas rasgam a sua frontaria, onde se destaca, em relevo, o brasão de armas dos Figueiredos. Está classificado como Imóvel de Interesse Público.
Em frente a este palácio, existe um monumento em memória dos combatentes mortos na I Guerra Mundial, inaugurado em 1921, o primeiro do género a ser erigido em Portugal.
A poucos quilómetros do Hotel localiza-se este edifício do século XVIII, foi até 1834 convento de frades antoninos-franciscanos que davam apoio a religiosos com problemas psiquiátricos. Um facto ainda hoje lembrado pela população que designa este palácio por “hospício”.
Após a extinção das ordens religiosas, viria a ser adquirido em 1842 pelo conde de Podentes, bacharel em medicina e revolucionário liberal interventor, de nome Jerónimo Dias Azevedo Vasques de Almeida e Vasconcelos.
Ao longo da sua história, este palácio recebeu visitas ilustres de figuras régias, como D. Pedro V ou D. Luís. Não lhe faltam belos exemplares de azulejaria, tanto no jardim como no interior. É, no entanto, propriedade privada.
Bem perto do Hotel, a integrar também a paisagem cársica do vale das Buracas do Casmilo, os lapiás são um fenómeno geológico singular com origem na infiltração e consequente ação corrosiva da água da chuva sobre o calcário. São extensas zonas de rocha a descoberto, com arestas salientes e vivas que se tornaram num verdadeiro “deserto de pedras”.
Nas zonas de maior declive como as encostas, os sulcos e a estrias na rocha denunciam a direção do escorrimento das águas. Cada lapiá pode ter entre 30cm a 40cm de altura.
Perto do Hotel, está este local de grande valor ecológico, científico e paisagístico que se situa em parte do vale percorrido pela ribeira de Cernache, um afluente da margem esquerda do rio Mondego. A reserva abrange uma área de 535 hectares que compreende a zona de paul propriamente dita – que ocupa cerca de 150 hectares – e toda a zona envolvente, quer florestal (pinheiro bravo, eucalipto) quer agrícola (olival, vinha, hortas, pomares e arrozais).
Este mosaico oferece um leque variado de condições de alimentação às espécies que ali habitam ao longo do ano. É nesta paisagem feita de águas estanques, onde crescem caniço, bunho e junco, que várias espécies animais – algumas ameaçadas pelo perigo de extinção – encontram refúgio.
Local de reprodução da lontra, espécie rara e protegida, é também um reduto importante ao nível da avifauna. Comunidades de aves utilizam a reserva quer como local de nidificação, quer como refúgio de inverno ou, ainda, como área de repouso e alimentação durante as migrações.
Da variada população contam-se 140 espécies de aves recenseadas onde se inclui a garça-vermelha (símbolo da reserva), o pato-real (Anas platyrhynchos) e a cegonha-branca (Ciconia ciconia), 21 espécies de mamíferos, 11 espécies de répteis, 8 de anfíbios e 15 de peixes.
A Reserva Natural reparte-se pelas freguesias de Arzila, Pereira e Anobra, pertencentes aos concelhos de Coimbra, Montemor-o-Velho e Condeixa-a-Nova, respetivamente. O Centro de Interpretação situa-se na povoação de Arzila.
A poucos minutos do Hotel está esta Igreja de origem muito antiga. O templo já aparece referenciado em documentos do século XII, altura em que devia apresentar um traçado românico ou gótico. É, no entanto, reconstruído em 1521 às ordens do arquiteto régio Marcos Pires (edificador do claustro do silêncio da Igreja de Santa Cruz de Coimbra), que imprimiu o gosto manuelino à igreja.
O acesso ao templo faz-se por uma pequena escadaria e, entre uma fachada sóbria, revela-se um portal manuelino de cantaria lavrada onde sobressaem o escudo nacional e a Cruz de Cristo.
No interior, destaque para o tríptico do altar-mor mandado pintar em 1543 pelo comendador D. Afonso de Lencastre. No painel central figura Nossa Senhora da Graça, tendo ajoelhado aos pés, o mesmo comendador. Nota ainda para dois belos retábulos seiscentistas e para a abóbada estrelada da capela-mor, construída no século XVI por Diogo de Castilho.
A igreja está classificada como Imóvel de Interesse Público.
Bem perto do Hotel, está esta Igreja erguida no século XVI por determinação de D. Manuel I, aquando da sua passagem pela vila. A Igreja de Santa Cristina veio substituir uma velha igreja existente no mesmo local, indo ao encontro das aspirações da população, profundamente desagradada por ter de se deslocar às igrejas do Sebal ou de Condeixa-a-Velha a fim de ouvir as missas dominicais.
Se a construção da matriz ficou em grande parte a cargo do Mosteiro de Santa Cruz, os paramentos e ornamentação do edifício estiveram a cargo da população. O desenvolvimento da moagem e a riqueza agrícola da região favoreceram o financiamento da obra.
Concluído provavelmente no ano de 1543, o templo viria a ser saqueado e incendiado em 1811, aquando das invasões francesas. A sua reconstrução, em 1821, alterou-lhe o traçado conferindo o recorte neoclássico que ainda hoje apresenta.
De características manuelinas encontra-se a pia batismal e a capela-mor. De inspiração renascentista é a capela de Santa Teresa e a do Senhor dos Passos e de Setecentos mantém-se o retábulo. Destaque ainda para os baixos-relevos de João Machado e João de Ruão, representativos da escola de Coimbra.
A vinte minutos do Hotel está o castelo de Montemor-o-Velho. Implantado num local que apresenta vestígios de ocupação muito antiga, provavelmente pré-histórica, todavia é certa a ocupação romana, atestada pelas pedras utilizadas na base da Torre de Menagem.
As primeiras referências a este castelo, dão conta da sua reconquista aos árabes por volta de 848, mas cairia de novo nas mãos dos muçulmanos em 990, com nova reconquista cristã por volta de 1006, para voltar à posse árabe em 1026, e este alternar de conquistas e reconquistas só viria a estabilizar por volta de 1064, quando Fernando Magno reconquista toda a região, empurrando os árabes para lá do Mondego. Este castelo em conjunto com os de Miranda, Penela, Soure e Santa Eulália, formavam, no período da consolidação da independência do Condado Portucalence, uma cintura defensiva da cidade de Coimbra.
Palco de muitas lutas, não só com os árabes, mas também devido às disputas entre os príncipes e reis de Portugal, e até nas invasões francesas, foi sendo reparado, ampliado e modificado ao logo dos séculos, mas se alguma coisa marca a história desta fortaleza, é o facto nela ter sido decidida a morte de Inês de Castro.
Ao longo dos anos, a quebra progressiva do interesse militar deste tipo de estruturas, foi ditando ou o abandono ou a sua utilização com outros fins, neste caso chegou a existir no seu interior, um cemitério, junto à igreja da Alcáçova, que foi retirado em meados dos século XX.
A partir de 1936 tem vido a ser conservado, foram reconstruídas muralhas, foi colocada instalação eléctrica e criada uma casa de chá no que resta do chamado, Paço das Infantas. Está classificado como Monumento Nacional.
Para além do que este castelo tem para ver, da sua grande estrutura defensiva, no seu interior encontram-se as ruínas do antigo paço senhorial, a Igreja de Santa Maria da Alcáçova, a Capela de Santo António, a Igreja da Madalena e as ruínas da Capela de São João.
A 30 minutos do Hotel, com grande parte do trajeto feito em autoestrada, está a aldeia estrutura-se a partir de uma rua principal que se sobrepõe à linha de festo, até ao limite em que o declive permitiu construções. Desta rua, sai uma rede de ruelas estreitas e sinuosas que apetece percorrer com curiosidade.
As boas vindas são-nos dadas com um poema de Miguel Torga, que se encontra numa placa metálica na área de recepção da aldeia.
Gondramaz distingue-se pela tonalidade específica do xisto que nos envolve da cabeça aos pés. Até o chão que se pisa é exemplo da melhor arte de trabalhar artesanalmente a pedra. Esta é, aliás, terra de artesãos cujas mãos hábeis criam figuras carismáticas que são marca da serra e que levam consigo o nome do mestre e da aldeia além-fronteiras.
Situada na vertente ocidental da Serra da Lousã, a paisagem que envolve Gondramaz é uma obra de arte da Natureza. Há nas ruas desta aldeia uma fina acústica que nos desperta todos os sentidos. Dentro das suas ruas a voz das pessoas torna-se mais nítida e convidativa.
Com uma notável aplicação em xisto, o pavimento permite que sobre ele se desenvolva um percurso acessível para pessoas com mobilidade reduzida.
Numa das mais bem sucedidas intervenções de requalificação da Rede das Aldeias do Xisto, não é de estranhar o surgimento de novos habitantes e o ambiente animado que aqui se vive em cada fim-de-semana. A animação com provas de BTT protagonizada a partir daqui, traz praticantes e uma movimentação que os habitantes já não estranham.
Conímbriga Hotel do Paço
Rua Francisco Lemos, 43
3150-140 Condeixa-a-Nova
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Tel.: (+351) 239 944 025
(Chamada para a rede fixa nacional)
geral@conimbrigahoteldopaco.pt